sábado, 6 de março de 2010

A percepção da inutilidade (ou um texto introdutório)


Há alguns dias realizei um sonho. Conheci um grande pensador brasileiro, o qual considero tanto por sua produção na área teológica e filosófica quanto literária. Se trata de Rubem Alves. Quem não conhece Rubem Alves? É um senhor simpático, com inúmeros livros publicados e um reconhecimento muito grande.
Considero que ele tenha sido a gota d’água para minha percepção sobre a importância da inutilidade teológica. Acontece que, quando o conheci comprei um livro o qual ele estava lançando. Trata-se de uma história “infanto-juvenil” que se chama “sobre reis, ratos, urubus e pássaros”.
Ao ler o livro encontrei um ensinamento chave, que só poderia ser dito por um erudito tão espirituoso quanto Rubem Alves. Ele alerta: “é preferível cocô de rato a bosta de elefante”. Essa é uma frase totalmente inútil. Tal frase me tocou ao ponto de refletir e dizer mentalmente: “Rubem, você escreveu uma grande merda!”. Mas pensando bem, quem pode escrever uma coisa dessas? Quem pode nos ensinar a dar valor à diminuição de problemas e valorizar o cotidiano? Apenas um bom e velho espírito jovem, quem não tem medo de ser um inútil, pois quem quer ser útil já tem um discurso pronto.
É dessa forma que vamos falar aqui algumas porcarias teológicas que podem ser incômodas como cocô de rato, mas muito mais agradáveis do que as bostas de elefante que o cenário religioso tem nos proporcionado hoje em dia. 

texto por:  ELTON SADAO TADA

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